Já fui uma pessoa alegre de dar nojo. Já fui tão sonhadora que era boba. Já fui esperançosa ao extremo e algumas vezes acreditei que amor doía tanto que podia matar. Mas não se engane, eu não fui sempre assim. Já fui a mais amarga das criaturas. Já fui uma amiga egoísta, que absorta em meus pensamentos esqueci que não existe nada melhor para esquecer uma dor que prestar mais atenção ao sofrimento dos outros.
Antes eu achava que era preciso acreditar em tudo, depois jurei que ninguém merecia a minha confiança e depois decidi que se eu não esperasse absolutamente nada da vida, jamais me decepcionaria. Hoje, um pouco mais equilibrada do que antes, descobri que a gente não sofre menos quando se decepciona, mesmo não esperando absolutamente nada de alguém.
Sou peixes, ascendente em câncer. Isso já deveria explicar muita coisa, mas para aqueles que não se ligam muito nessas baboseiras exotéricas eu explico. Sou sonhadora, melancólica e absolutamente apaixonada por tudo. Isso é bom, mas machuca. A gente sofre como nenhum outro signo do zodíaco consegue entender.
Enfim, sonhadora como sou, eu gostaria muito de viver sempre apaixonada, mas analisando friamente a questão eu entendo que a paixão é o sentimento que antecede o amor e não dá prá mantê-la para sempre. Outro dia, o Warner Channel exibiu o filme The Notebook, traduzido em Português como Diário de uma Paixão. O filme é incrível. Em seu livro, A arte de reviver, Manoel Carlos, grande escritor, famoso pelas Helenas das novelas e pelo seu talento ímpar para descrever e entender essas criaturas de Vênus defende que o filme deveria ser traduzido como Diário de um grande amor, pois acredita que a paixão não é superlativo de amor, não é ela que se eleva acima da morte, como acontece no filme. Eu concordo, mas não acredito que um exista sem o outro. Já Maitê Proença, em Uma Vida Inventada, revela que sempre precisou viver a paixão, antes de viver o amor, como eu ela jamais conseguiu passar para um sem antes experimentar o outro.
Se você quer uma dose de amor rasgado, bonito e sofrido alugue de uma vez só The Notebook e P.S. eu te amo. Depois de assistir você me conta se dá prá não acreditar nessas baboseiras românticas. Vale a pena.
Sou tão otimista em relação a algumas coisas quando me permito lamentar as adversidades da vida, sinto que entro em contradição. É uma contradição interessante, mas pode causar certo descrédito naqueles que acompanham o raciocínio. Recobro meu otimismo e lembro de que todos nós somos feitos de contradições, ou seja, essa característica tem o seu brilho e o seu valor.
Muitos já me disseram que preciso entender que não posso ser tão otimista, é perigoso confiar em todo mundo. Leva certo tempo para conhecer de fato as pessoas e decidir quem merece ou não a minha confiança. Dói descobrir isso porque é mais bonito acreditar em todo mundo. Meus arranhões e cicatrizes me mostraram que eles têm razão, mas a minha natureza é acreditar e ela não muda porque algumas pessoas preferem mentir ou enganar. Hoje eu me preservo, mas não me escondo. Acho que encontrei o meio-termo. Contradições à parte, prefiro acreditar e sofrer do que passar uma vida inteira escondida, buscando nos filmes a vida que eu gostaria de ter.
Marininha disse:
É muito errada a forma como o mundo todo está ao contrário. Os ladrões soltos, e o povo preso; o governo uma baderna, e o crime é organizado; meninas periguetes e insensíveis, e homens machucados morrendo de amor…
Pessoas boas e felizes, abertas, apaixonadas, com tanta energia positiva pra passar, têm que aprender a ser fechadas e cuidadosas com seus atos. Assassinam sua espontaneidade, lutam contra a vontade natural de acreditar nos outros, medem palavras, gestos, atitudes… enquanto as pessoas ruins (mesmo aquelas que são só ruinzinhas) se alimentam dessa temerosidade da pessoa brilhante… é mais fácil brilhar quando as estrelas a sua volta estão apagadas.
É uma situação muito sem saída: ou você deixa de ser quem é, ou é repetidamente reprimida, machucada e atacada por ser aberta e se entregar…
Aliás, está aí outro ponto que o ser humano se esqueceu: a entrega. E isso está muito ligado à inabilidade atual de se viver de paixão. Aquele que modera seus sonhos, por não ser apaixonado por eles, realmente, não pode compreender do que se trata a entrega.
Paixão… aquela coisa incontrolável que toma cada milímetro do seu corpo para si, que corre feito adrenalina no sangue, fazendo com que nos arrepiemos em lugares de difícil alcance… é aquilo que solta as borboletas dentro do seu estômago, que faz você sentir seus próprios olhos brilhando, que te arranca sorrisos quase tão involuntários quanto a batida do coração, que se acelera. Um turbilhão de emoções e reações sensoriais que pode ser engatilhada por um simples pôr-do-sol na praia… ou por um projeto que finalmente se conclui… por uma música, ou, até mesmo, por uma única palavra.
A entrega nada mais é do que a sucumbência de tudo o que você é a este movimento irrefreável que é a paixão, dentro do nosso espírito.
É uma pena que nem todas as pessoas possam descobrir suas paixões, para que possam se entregar… vivem dentro de uma redoma de encanações, e não se abrem o bastante para sentir tudo isso… é quase que lógico que não as agrade ver que algumas pessoas sentem e vivem isso…
Mas quem se apaixona… mesmo que apenas por um instante, sabe que as coisas são maiores do que a redoma… e é por isso que ainda acredito nas pessoas, e na capacidade que elas têm de estourar sua redoma pessoal, frente a uma paixão.
xxx
kienaste disse:
Nossa Má Fantástico…
Fiquei sem palavras!
Bjus
Fá disse:
Kie eu já assisti o filme e é realmente muito bom, dizem que num existe paixão daquela forma mas eu acredito, não sei se ja assistiu mas recomendo Doce Novembro, muito bom =) tão quanto Diário de uma Paixão, eu acredito que pode se viver uma história de amor tão bonita qt a dos filmes hj em dia =) apenas é dificil, as maioria das pessoas num acredita nisso 😦
um beijo
amangia disse:
Paixão é uma merda. vc fica idiota e se acha, mas passa e quando passa vc se sente mais idiota ainda.
Mas como viver sem paixão, sem ficar cego, surdo e mudo?
Bom quando a paixão acaba em amor, pois as vezes não termina assim e aí é como diz Celso Blues Boy:
“Estou deixando o céu, rumo ao Inferno.
Só sem você.
Mas não há nada à fazer”
amangia
kienaste disse:
Gostei do poema, mas não acho que a paixão seja exatamente ruim, na verdade o problema é o uso que fazemos dela. A diferença entre o veneno e o remédio é a dose…
Bjus
Léo disse:
Kie…
vamos la primeiro comentario.. =D uhul \o/
pra começar e continuar uq lhe disse…
vc escreve demasiadamente bem…
quando leio seus textos vejo q vc mostra toda uma sinceridade que se sente ao conversar com vc pessoalmente.! é isso q faz vc ser tão querida.!
eu acho q a senhorita deveria fazer psicologia, pois vira e mexe esta eu entro no divã papadoc. e a senhora na maior calma me ouve e me aconselha de forma onde só qr sber em ajudar, nao em dar sua opnião =d , vc tendeo né?
enfim …. vc é F.O.D.A…!
vamos ao comentario…
como ja citaram acima e juntando com o poema….!
o mundo esta todo errado, qm mata vive , q rouba enriquece, qm trabalha, da o sangue e ama se da mal…
….O amor é a única qualidade que muitos desejam ,mas, poucos sabem usá-las, a vida é feita de momentos, sejam eles boms ou ruims, a diferença é q devemos valorizar os boms e não os ruims como fazemos de costume…
Amar acima de todas as coisas é uma dom lindo e sagrado, DEUS não precisa do nosso amor pra existir, mas optou por nececita-lo… pq? pois a coisa mais pura e divina q temos e podemos demonstrar a outra pessoa e ao mundo..!
é uma arte q requer ensaios nao programados, é uma arte possivelmente sem retorno, mais é a essencia humana …
SER FELIZ, AMAR e SORRIR =D
Bjão
Léo
Cafeína disse:
Kie, seu texto foi publicado hoje por lá ok?? bjo e ótimas festas